domingo, 29 de junho de 2014

REFLEXÕES SOBRE O AEE



ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (AEE)  E SEU OLHAR DIFERENCIADO
Sandra Maria Marques Ribeiro
Atividade da 1ª semana de Metodologia da pesquisa

A inclusão nas escolas regulares tem crescido muito nos últimos anos e para ajudar os alunos com deficiência foi criado o AEE, que tem como objetivo diminuir as barreiras de aprendizagem dos mesmos. Diante disso o professor do AEE deverá buscar mais informações sobre esse assunto e ampliar o seu conhecimento. O movimento da “perfeição” que os seres humanos cultuam, tentam moldar a população, então entre estes onde estariam as pessoas com deficiência, que apresentam um modelo diferenciado fisicamente, intelectualmente e com comportamentos diferenciados do resto da população? Devemos quebrar este paradigma de valores sociais impostos e renovar os nossos pensamentos e pensar na inclusão como um ponto de partida para uma nova sociedade, composta de igualdade onde todos possam ser vistos com os olhos do coração e não com o os olhos do preconceito. 




O AEE faz parte desta construção de novos valores, pois atende os alunos com deficiência nas suas singularidades priorizando realmente suas potencialidades e tentando sanar as suas dificuldades. Podemos afirmar que alguns alunos precisarão de atividades mais do que adaptadas, mas todos irão aprender. O olhar diferenciado do professor do AEE poderá diminuir os anseios e os medos tanto dos familiares e dos professores da sala regular, pois com esta parceria poderão transformar a inclusão numa forma possível de mais aprendizado. Quanto mais cedo uma criança com deficiência entrar na escola mais preparada e incluída ela estará diante das pessoas ao seu redor, exigindo de todos uma capacidade de aceitação muito grande e todos se sentirão mais humanizados diante desta convivência. O professor do AEE não deve trabalhar sozinho, deve  contar com parcerias que realmente possam fazer a diferença no seu trabalho, pois a inclusão deve envolver todos da escola e da comunidade. Devemos ter em mente que o grande objetivo da inclusão é pensar que cada ser humano seja ele com ou sem deficiência é uma pessoa única e  que devem ser vistos como tal promovendo a todos o direito a educação.


sexta-feira, 6 de junho de 2014

RECURSOS E TECNOLOGIAS PARA TGD



RECURSOS E ESTRATÉGIAS EM BAIXA TECNOLOGIA PARA ALUNOS COM TGD

                                                                                   Sandra Maria Marques Ribeiro
                                                                                      Atividade da 5ª semana



Os transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) têm como características principais:
● Dificuldades na comunicação/linguagem: deficiência no desenvolvimento da fala, tentativa de comunicação feito por gestos, em atender comandos, reconhecer objetos, falar palavra isolada ou momentos de ecolalia.
● Alterações no comportamento: mudança na rotina e no ambiente, movimentos estereotipados, momentos de pânico e medo.
● Interações sociais e afetivas: manter contato visual, não aceitam contato físico, interesses por objetos e lugares.
Tudo isso pode estar aliado a dificuldade no desenvolvimento cognitivo, na coordenação motora ampla e nas Atividades de vida diária.

Este transtorno pode ser classificado em: Autismo, Síndrome de Rett, Transtorno ou Síndrome de Asperger, Transtorno Desintegrativo da Infância e Transtorno Global do Desenvolvimento sem outra especificação. Cada um destes transtornos citados acima necessita de um trabalho individualizado em sala de aula com metodologias adaptadas e direcionadas para que o aluno com TGD se desenvolva e possa participar melhor da sociedade quando adultas. Uma dessas adaptações são os recursos e estratégias de baixa tecnologia usadas que irá facilitar tanto o trabalho na sala de aula e na sala de recursos, quanto no seu dia-a-dia em casa com a família.
Recursos e estratégias de baixa tecnologia são equipamentos que ativam os sentidos do corpo humano usados para facilitar o desenvolvimento e melhorar as capacidades funcionais das pessoas com deficiência, segundo Bez “ Os recursos são constituidos por objetos ou equipamentos, por meio dos quais se consegue transmitir uma mensagem”. Estes podem ser confeccionados ou adquiridos em casas especializadas. Abaixo daremos alguns exemplos de recursos de baixa tecnologia.


  
Avental: Deve ser confeccionado com tecido grosso com velcro para afixar letras, símbolos ou figuras onde o aluno possa apontar com o dedo ou somente através de gestos com a cabeça ou com o olhar. É destinada a alunos com deficiencia multipla que tenha comprometimento nos membros superiores e podera ser usada tanto na sala de aula regular quanto na sala de recursos.









Prancha de comunicação:  Elas podem ser confeccionadas de cartolina e plastificadas com imagens, objetos, letras, sílabas, palavras, frases ou numerais ou ainda seguir algum tema conceitual que a professora da sala regular esteja trabalhando. Podem ser colocadas em uma pasta ou guardadas em uma caixa.O público pela qual se destina é para os alunos que tem dificuldade de memorização, atenção e linguagem e deve ser usada no momento em que se trabalha a alfabetização ou sempre que necessário. Pode ser usada em todo ambiente escolar e se a família for parceira da escola poderá utilizar também este recurso. A intervenção feita pelo professor poderá auxiliar o aluno a reconhecer e nomear as figuras e objetos conhecidos ou não.







Referencias:


BEZ. Maria Rosangela. Comunicação Alternativa e TEA. In: Curso de Atendimento Educacional Especializado. Disciplina: AEE E TGD. 2014.

http://trabajolisto.files.wordpress.com/2012/06/autista.jpg?w=460

 http://www.assistiva.com.br/tassistiva.html [acesso em 16/05/2014].




http://trabajolisto.files.wordpress.com/2012/06/autista.jpg?w=460 [acesso em 23/05/2014]


 



sexta-feira, 18 de abril de 2014



DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA E SURDOCEGUEIRA, NOVOS DESAFIOS

Sandra Maria Marques Ribeiro

Estamos diante de duas deficiências tão iguais e tão distintas ao mesmo tempo, pois ambas possuem habilidades, potencialidades e dificuldades próprias que merecem o nosso esforço em compreendê – las. A deficiência Múltipla é um nome dado para uma pessoa que possui mais de uma deficiência, sejam elas visuais ou auditivas desde que estejam presentes com outras deficiências como intelectual, física ou distúrbios neurológicos e que prejudica o desenvolvimento global da pessoa e a sua interação. Já a surdocegueira possui duas deficiências juntas, ou seja, a cegueira e a surdez, sendo ela associada a uma única deficiência. O uso destes dois sentidos torna - se prejudicado e há necessidade de criar novas estratégias para que esta pessoa aprenda e faça parte do mundo que a cerca. É muito importante saber que surdocegueira não é uma deficiência múltipla, a pessoa surdocega precisa de uma interferência de alguém ou de algum estimulo ao redor para adquirir, entender e responder ao que foi solicitado. Seu conhecimento do mundo segundo Maia “se faz pelo uso dos canais sensoriais proximais como: tato, olfato, paladar, cinestésico, proprioceptivo e vestibular” (Maia, 2011, pág. 4). Já quem possui deficiência múltipla na maioria das vezes tem preservados a sua audição e visão tornando mais fácil o estimulo do “outro”, mesmo que este não seja muito bem compreensível.
As necessidades básicas da pessoa com Deficiência Múltipla é compreender que a sua aprendizagem ocorrerá dentro de um ritmo mais lento que os demais, precisa de uma rotina de trabalho e instruções mais precisas e principalmente precisará de um referencial como um auxiliar em sala ou cuidador. Para os surdocegos a necessidade de se criar um ambiente propício com atividades vitais que favoreçam a sua autonomia e independência. Ambas deficiências estão associadas a dificuldade de comunicação, ela precisa ter mais clareza e uma importância relevante. O espaço de aprendizagem deve ser acolhedor e favorecer ao aluno um interesse em se comunicar. Para isso será necessário observar o melhor posicionamento na sala de aula para que o aluno possa ouvir, enxergar e fazer movimentos necessários. Criar formas diferenciadas de comunicação, aquela que seja mais adequada ao aluno e que estas sejam reforçadas. Planejar atividades que realmente façam a diferença na vida deste aluno, como atividades do dia-a-dia com objetos próprios, socialização e o conhecimento do espaço onde o mesmo irá conviver. Esta comunicação poderá ser dividida em:

→ RECEPTIVA: Algo escrito, fala de alguém, Braille, libras e etc, sejam eles recebido através dos meios de comunicação, por uma pessoa, através de uma foto ou gravura ou por tudo que possa ser ouvido ou visto.

→ EXPRESSIVA: Através de gestos, observação e manuseio de objetos, movimentos com o corpo, uso da linguagem oral (grito, sorriso, tom de voz) e da escrita sempre mediado por alguém.

Portanto, a forma de agir da pessoa que mediará a comunicação é muito importante, pois influencia muito na maneira do surdocego e da pessoa que tem deficiência múltipla ver o mundo que a cerca e no desenvolvimento de sua aprendizagem.


REFERENCIAS;

BOSCO, Ismênia C. M. G.; MESQUITA, Sandra R.S. H.; MAIA, Shirley R. Coletânea UFC – MEC/2010: A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar – Fascículo 05: Surdocegueira e Deficiencia Múltipla. Brasilia:2010.

MAIA, Shirley Rodrigues. Aspectos importante para saber sobre Surdocegueira e Deficiencia Múltipla. São Paulo: 2011.

SERPA, Ximena Fonegra. Comunicação para Pessoas com Surdocegueira. Tradução do livro Comunicacion para persona Sordociegas, INSOR – Colômbia, 2002.

quinta-feira, 6 de março de 2014

PESSOA COM SURDEZ E O AEE



O Papel do Atendimento Educacional Especializado na Educação Escolar de pessoas com surdez

Na perspectiva inclusiva o Atendimento Educacional Especializado (AEE) vem sendo um aliado para as pessoas com surdez, pois possibilita uma melhor interação tanto de professores quanto dos alunos. De acordo com a Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva o AEE tem como “função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas” (MEC/SEESP, 2007), garantindo assim, um olhar diferenciado para essas pessoas possibilitando – os o enriquecimento e valorizando a sua aprendizagem. Nas escolas onde há alunos com surdez deve-se levar em conta o trabalho do bilingüismo pois o mesmo trabalha com a Língua Brasileira de Sinais (libras) e com a língua portuguesa dos ouvintes. Isto permitirá uma troca de experiências e o reconhecimento do surdo em aprender os diferentes âmbitos da linguagem formal.
O AEE deve ser a ponte que liga o trabalho desenvolvido na sala comum com a capacidade de compreensão do aluno surdo, construindo assim uma rede de aprendizagem. O professor da sala regular juntamente com o do AEE terão a oportunidade de escolher práticas pedagógicas diferenciadas onde adaptadas do jeito certo e na hora certa farão a diferença. E o aluno surdo por sua vez poderá criar condições  para questionamentos e reflexões onde suas dificuldades serão sanadas, barreiras serão quebradas e novos saberes conquistados. Segundo Damázio (2010, p.52) há três momentos didático – pedagógicos distintos  no trabalho do AEE.
● Atendimento Educacional Especializado em Libras: Este atendimento ocorre no contra – turno da aula comum todos os dias. Nele o professor do AEE planeja junto com o professor de língua portuguesa como serão ministrados e repassados os conteúdos para o aluno surdo, possibilitando a ele uma melhor compreensão do que será estudado. Os materiais usados deverão ser ricos em informações visuais e serem colocados expostos na sala de aula.
● Atendimento Educacional Especializado para o Ensino da Língua Portuguesa: Deve ocorrer na Sala de Recurso Multifuncionais no contra – turno e é desenvolvido por um professor de preferência de língua portuguesa ou que entenda as formas lingüísticas da nossa língua. É uma proposta bilíngüe onde o aluno surdo aprenderá tanto em libras como o português convencional para fazer parte do dia – a – dia e em diversas situações. Seu objetivo é que o aluno surdo se aproprie da gramática, ortografia e tenha o contato com diversos tipos de textos. Lembrando sempre do diagnostico inicial para saber quais são os conhecimentos que o aluno já adquiriu e quais ainda deverão ser trabalhados. Este atendimento deve começar na alfabetização e seguir até a universidade.
● Atendimento Educacional Especializado para o ensino de Libras: É realizado por um professor ou instrutor de libras ( de preferência surdo) no contra – turno. Este professor deve conhecer os termos técnicos – científicos das diversas áreas do conhecimento. O uso destes termos em libras é importante para que o aluno surdo consiga abstrair os conceitos trabalhados na abordagem bilíngüe. Neste momento também deve – se privilegiar o trabalho com imagens visuais, pois as mesmas contribuem para maior compreensão do conteúdo em libras.
Portanto o trabalho desenvolvido na sala de aula com alunos surdos só se efetivará com êxito com a parceria do Atendimento Educacional Especializado, pois este em seus três momentos didático – pedagógicos acima citados nortearão e complementarão os conteúdos trabalhados. A escola deve estar preparada para a inclusão do aluno surdo aconteça por inteiro, sendo elas nos aspectos cognitivos, sociais, emocionais e culturais fazendo o uso dos seus direitos e preparando – os para exercer os seus deveres.

Referências:

BRASIL, Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Secretaria de Educação Especial – MEC/SEESP, Brasília:2007. 
COLETÂNEA UFC – MEC/2010: A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar. Fascículo 05: Educação Escolar de Pessoas com Surdez – Atendimento Educacional Especializado em Construção, p. 46 – 57.